Aqui se revela um Deus que pede ao homem que ele creia. E esta fé não tem nada que ver com a aceitação racionalizada de fórmulas de artigos de fé.
Deus não perguntou por dogmas. As leis formuladas por zelosos doutores da Lei e teólogos fundamentalistas deixaram-no indiferente.
O Deus desconhecido revela-se um Deus com qualidades extremamente incômodas.
Seu pedido de fé não se refere a um “aceitar como verdadeiros” certos princípios. Nada disso. O que ele quer são decisões que mudam a vida. Orientação da vida para ele, ruptura de estruturas cimentadas.
Em lugar das certezas, as dúvidas.
E em vez de indicações exatas do rumo a seguir, apenas as palavras: “Eu mostrarei para onde!”.
Mas não só isso.
O mostrar não acontece num distante descompromisso.
Quando o homem parte Deus parte com ele. Eu estarei contigo!
Quando Deus chama, não abandona.
Experiência feliz e ao mesmo tempo assustadora, pois este Deus segue caminhos bem diferentes dos que o homem gostaria de trilhar: Meus pensamentos não são os vossos pensamentos e meus caminhos não são os vossos caminhos.
Abraão experimentou isso e depois dele gerações de outros que ousaram relacionar-se com ele, que sucumbiram a ele e suas seduções atrativas, seduzidos, inquietos, apaixonados, lançaram sua vida na grande aventura: DEUS.
Eu estarei contigo!
Em que medida Abraão depois se arrependeu da sua decisão e da sua partida, quando por ordem desse Deus levou seu próprio filho ao monte para ali sacrificá-lo, é um mistério sobre o qual nada sabemos. Era tudo uma prova, e Abraão superou-a. Não vamos discutir se realmente assim aconteceu. Mas a mensagem permanece: Deus prova!
E quando ele prova, àquele que é provado não resta mais nada de cantos angélicos e do Deus amoroso – só resta a noite do não-entender. Meus caminhos não são os vossos caminhos!
A partida não ocorre sem sofrimento. A escuridão para dentro da qual Deus chama não é uma frase vazia, mas experiência real do tormento. Tentação para a revolta. Assim não! O sim retratado. “Se tivéssemos permanecido junto às nossas panelas cheias de carne do Egito!” Abandonar aquilo a que nos acostumamos não é fácil.
Eu creio! Uma frase perigosa; quem a pronuncia pense bem!
Com Moisés temos o seguinte: Deus escolhe alguém, que não sabe falar, para falar diante do rei do Egito. É possível que assim fosse, mas não é essencial, pois toda personalidade de Moisés é tão inadequada para a missão que nenhuma pessoa sensata teria idéia de escolhê-lo. Com ou sem gagueira. Pois quem se dirigia a um criminoso foragido, quando se trata de negociar com o senhor supremo e príncipe do país? Logo se pensaria em diplomatas ou dignatários da corte.
Deus não perguntou por dogmas. As leis formuladas por zelosos doutores da Lei e teólogos fundamentalistas deixaram-no indiferente.
O Deus desconhecido revela-se um Deus com qualidades extremamente incômodas.
Seu pedido de fé não se refere a um “aceitar como verdadeiros” certos princípios. Nada disso. O que ele quer são decisões que mudam a vida. Orientação da vida para ele, ruptura de estruturas cimentadas.
Em lugar das certezas, as dúvidas.
E em vez de indicações exatas do rumo a seguir, apenas as palavras: “Eu mostrarei para onde!”.
Mas não só isso.
O mostrar não acontece num distante descompromisso.
Quando o homem parte Deus parte com ele. Eu estarei contigo!
Quando Deus chama, não abandona.
Experiência feliz e ao mesmo tempo assustadora, pois este Deus segue caminhos bem diferentes dos que o homem gostaria de trilhar: Meus pensamentos não são os vossos pensamentos e meus caminhos não são os vossos caminhos.
Abraão experimentou isso e depois dele gerações de outros que ousaram relacionar-se com ele, que sucumbiram a ele e suas seduções atrativas, seduzidos, inquietos, apaixonados, lançaram sua vida na grande aventura: DEUS.
Eu estarei contigo!
Em que medida Abraão depois se arrependeu da sua decisão e da sua partida, quando por ordem desse Deus levou seu próprio filho ao monte para ali sacrificá-lo, é um mistério sobre o qual nada sabemos. Era tudo uma prova, e Abraão superou-a. Não vamos discutir se realmente assim aconteceu. Mas a mensagem permanece: Deus prova!
E quando ele prova, àquele que é provado não resta mais nada de cantos angélicos e do Deus amoroso – só resta a noite do não-entender. Meus caminhos não são os vossos caminhos!
A partida não ocorre sem sofrimento. A escuridão para dentro da qual Deus chama não é uma frase vazia, mas experiência real do tormento. Tentação para a revolta. Assim não! O sim retratado. “Se tivéssemos permanecido junto às nossas panelas cheias de carne do Egito!” Abandonar aquilo a que nos acostumamos não é fácil.
Eu creio! Uma frase perigosa; quem a pronuncia pense bem!
Com Moisés temos o seguinte: Deus escolhe alguém, que não sabe falar, para falar diante do rei do Egito. É possível que assim fosse, mas não é essencial, pois toda personalidade de Moisés é tão inadequada para a missão que nenhuma pessoa sensata teria idéia de escolhê-lo. Com ou sem gagueira. Pois quem se dirigia a um criminoso foragido, quando se trata de negociar com o senhor supremo e príncipe do país? Logo se pensaria em diplomatas ou dignatários da corte.
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(Renold Blank: Deus: uma proposta alternativa. Paulus: 1999.)
(Renold Blank: Deus: uma proposta alternativa. Paulus: 1999.)
Publicação devidamente autorizada pelo autor.
Esta é a última parte de seu magnífico texto. Obrigado ao professor Blank pela generosidade de patilhar sua experiência com palavras tão simples e profundas ao mesmo tempo.