O sofrimento é a ocasião que abre a porta do drama, porém, o tema que se apresenta com mais intensidade é o da justiça de Deus. Os amigos defendem a teologia tradicional sapiencial que deseja defender Deus à custa do ser humano ainda que seja despojado e sofra injustamente. Os amigos argumentam pela tradição, acusam com o objetivo de defender sua teologia. Mas Jó reflete a partir da própria realidade que vive, e por isso seu discurso apresenta características inovadoras.
O Deus que seus amigos apresentam seria de fato o Deus de verdade? Durante o percurso do livro percebemos não alusão a realidade em que vive Jó e muito menos ao problema da injustiça que ele havia colocado.[1]
Uma característica fundamental do ser humano é a capacidade de perceber a injustiça e lutar contra ele. Percebemos que algo é injusto e nos dispomos a nos levantar e dizer o que pensamos; preferimos correr riscos e nos submeter. O livro de Jó é exatamente uma expressão dessa posição.[2]
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