domingo, 19 de julho de 2009

Novas formas de organização do trabalho - o cooperativismo

Por Marisa Nunes Galvão e Ricardo Cifuentes

"Um breve olhar sobre a realidade que estamos vivenciando hoje revela, ao lado de um intenso processo de precarização social, um conjunto de formas diferentes de organização da produção e do exercício do trabalho, que pretendem diferenciar-se da tradicional forma de organização capitalista. Dentre estas novas formas destacam-se as cooperativas e as Organizações Econômico Populares (OEPs) que, de acordo com Tiriba são organizações que têm conseguido atingir novos modelos de convivência no interior das unidades produtivas, entre os trabalhadores e na comunidade local, constituindo, assim, redes de produtores e consumidores do campo e da cidade.
O cooperativismo, embora seja uma forma secular de organização do trabalho, está recolocando-se, hoje, como alternativa para responder ao processo de desemprego e precarização social. Evidencia-se este fato por meio do notório crescimento de experiências diversificadas, inseridas nos mais diferentes setores socioeconômicos, especialmente nas últimas décadas.
Não obstante o fato de representarem, em alguns casos, a única possibilidade concreta de manutenção de postos de trabalho, as organizações cooperativas estão aumentando numericamente, com distintas propostas de organização da produção e do trabalho, apoiando-se em diferentes matizes ideológicas. O novo cooperativismo colocado hoje reafirma, de acordo com Singer, os valores ligados ao ideário socialista, quais sejam, “democracia na produção e distribuição, desalienação do trabalhador, luta direta dos movimentos sociais pela geração de trabalho e renda, contra a pobreza e a exclusão social”.
Relativamente às suas relações internas, especificamente no que concerne à gestão das cooperativas, Albuquerque a considera multidimensional, na medida em que envolve uma dimensão humana traduzida na preocupação com os recursos humanos; uma dimensão racional traduzida na necessidade de eficiência econômica; outra dimensão relativa à legitimidade junto aos grupos da comunidade, ou seja, os associados e os consumidores, e a última dimensão relativa à continuidade/perenidade, traduzida na necessidade de desenvolvimento e manutenção do “saber tecnológico” capaz de satisfazer clientes e assegurar o crescimento da organização."
__________________

Os destaques do texto são meus.

Um comentário:

  1. Olá Frei Rodrigo eu fui anonima em alguns comentarios, mas sou a Sgt Luciana e sempre passo por aqui pois gosto muito das suas postagens, são assuntos diversificados e interessantes.
    Meu e-mail: lccfrederico@gmail.com

    Feliz dia dos futuros Amigos!!!rsrs

    ResponderExcluir