sexta-feira, 17 de julho de 2009

Giotto, mestre da representação da fé encarnada*













Giotto, o grande pintor do século XVI, mestre da representação da fé encarnada, é o protagonista de uma exposição sem precedentes acolhida pelo Complexo Vaticano, localizado atrás da Praça Venecia de Roma, que encerrará em 26 de julho.

Inovação que marcou uma época
A representação tridimencional do espaço, a recuperação do naturalismo da imagem da figura humana, a introdução de uma dimensão afetiva..., são alguns dos aspectos que ressaltam nas obras de Giotto e que foram decisivas para a chegada do Renascimento, como demonstraram discípulos como Simeone Martini, Pietro Lorenzetti e escultores como Arnolfo di Cambio, Tino di Camaino, Andrea Pucci Stadi.

“A característica fundamental da arte figurativa de Giotto deve à recuperação de cânones naturalistas e clássicos que de alguma maneira a arte medieval havia posto em discussão através de formulários linguísticos diversificados”, explica a ZENIT a historiadora da arte, Claudia d’ Alberto.

Ainda que se desconhece a data exata do nascimento do Giotto da Bondone, se crê que foi por volta de 1267 em Vespignano, Vicchio, perto de Florença. São poucos os dados que se tem de sua juventude. Estudou pintura com o mestre, Cimabue, cuja obra “Madonna con il bambino”, faz parte da mostra exposta no Vittoriano.
Logo viajou a Roma onde aprendeu novas técnicas pictóricas com mestres como Pietro Cavallini, Jacopo Torriti e Filippo Rusuti, que representaram na pintura a monumentalidade da arte clássica.
Sessenta anos depois da morte de São Francisco de Assis, o então superior geral dos franciscanos, Giovanni da Murlo, o chamou para que pintasse os afrescos de uma basílica construída em honra do santo.
Na monumental basílica gótica de São Francisco, principal ponto de referência do povoado natal do santo, Giotto pintou uma de suas obras mestras: as principais cenas da vida de São Francisco: sua conversão, o abandono de seus bens, um momento em êxtase, a canonização de São Francisco, entre outras.
Giotto se inspirou na biografia do santo de Assis escrita por São Boaventura. Suas cenas são tão vivas que parecem falar por si mesmas. Milhares de fiéis que durante anos passaram por este templo, puderam aproximar-se da vida deste santo e conhecer detalhes de sua vida contemplando os afrescos de Giotto.

Pinturas recriadas com diferentes cenas do ambiente próprio do século XIII, que representam pela primeira vez São Francisco como um homem, entre as pessoas, na natureza e em espaços arquitetônicos.

Estes afrescos mostram também o desenvolvimento da ordem franciscana, a morte, as exéquias assim como a canonização do santo. Ao ser complexa esta série, pode-se apreciar desta forma a evolução pictórica que adquire Giotto até chegar à maturidade, com o passar do tempo.
Giotto passou assim do estilo bizantino a um mais realista e inovador. Alcançou seu máximo esplendor em resposta aos encargos do Papa Bonifácio VIII.
A grande riqueza do artista se deve à recuperação do naturalismo, deixando de lado a tradição clássica medieval da arte sacra. Em suas obras começam a ver-se os pilares da arte renascentista como o volume e a profundidade.
Soube representar não só as pessoas, as coisas e as paisagens, mas também, pela primeira vez em muitos séculos, o estado psicológico dos personagens por meio das posturas e expressões dos rostos.
“Esta recuperação do naturalismo e do classicismo implica um estudo atento e cuidadoso dos princípios da ótica”, diz Claudia d’Alberto.
Arte para ateus e crentes
Com sua arte, Giotto abriu as portas à perspectiva que surgiu como disciplina matemática no renascimento, para conseguir um maior realismo na pintura.
“Falamos de uma pseudo-perspectiva que não tem ainda um cálculo exato, como acontecerá no século XV, mas em certo modo consegue repropor a definida ‘medida encontrada’”, assegura d’Alberto.
Uma arte que influenciou fortemente em sua época: “Giotto consegue reunir ao seu redor um grandioso número de colaboradores e consegue sobretudo elaborar grupos de trabalho segundo seu estilo que deixava nas mãos de seus discípulos mais talentosos. Assim promoveram a difusão de sua arte e de sua grande fama”, comenta a historiadora da arte.
Para Claudia d’Alberto a obra de Giotto continua causando admiração pela “busca do dado humano na história sacra”. A historiadora considera que esta é uma lição para crentes e ateus: “Sua maior força é a humanização do sacro”.
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*Confira texto completo no sítio http://www.zenit.org/article-22168?l=portuguese

3 comentários:

  1. Paz e bem!

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  2. É muito bom que retransmita seus conhecimentos, existem pessoas que jamais imaginam que os temas apresentados sejam uma realidade do nosso mundo, aliás nem teêm idéia que exista.

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  3. Paz e bem!

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