Por frei Arnaldo Aragão OFMConv
“Gentes simples, fazendo coisas pequenas em lugares não importantes, consegue mudanças extraordinárias”, ditado africano. Na sociedade atual há uma verdadeira apologia às coisas exuberantes. Sem dúvida, estamos na sociedade do espetáculo, no qual o ser humano não é o protagonista, e sim, um pseudo ser humano criado a nossa imagem e semelhança.
Neste ambiente chamado sociedade, ou mundo existencial, ou mundo epocal subjetivista o OUTRO perdeu espaço para o EGO. Este não é mais conjugado com o TU; desta forma, enterramos de vez o NÓS. Daí nos perguntam: o que estamos fazendo com nós mesmos? Qual o mundo que estamos destruindo? Que mundo estamos criando? Quem somos nós realmente? Donde viemos? Para onde vamos? Parece-nos que as “ciências modernas” não estão respondendo estas questões, pois estas “ciências” giram em torno de si mesmas e esquecem da questão fundamental: quem, de fato, somos nós?
A nossa amiga Filosofia chega a nos acalmar um pouco nesta questão por nos oferecer uma resposta mais segura acerca do ser humano, pois este pode significar as coisas e encontrar as significações que nelas existem.
A proposta teológica, por mais que fundamenta suas respostas no “Dado Revelado” também encontra dificuldade para atingir o âmago da existência humana. De um lado, dificuldade de transmissão do “Dado Revelado”, do outro, dificuldade de recepção deste “Dado”. É muito complicado numa sociedade do espetáculo apresentar propostas sérias partindo de pressupostos que não pressupõem o espetáculo. Neste o ser humano não está, mas somente parte dele, mesmo sendo ele que o promove.
O difícil do espetáculo não é o espetáculo em si, nem a preparação para, mas o depois, o dia seguinte, donde o mundo ordinário entra em cena. Onde o extraordinário é sucumbido pelo ordinário factual. Sendo assim, somente: “gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares não importantes, consegue mudanças extraordinárias”.
Vejamos que o mundo circundante não existe separadamente do sujeito, pois este é também o mundo circundante; somente numa relação dialogal com este mundo, diria Gadamer, chegaremos o mais próximo possível da verdade. E a verdade que liberta somente pode ser alcançada fazendo coisas pequenas, longe do espetáculo pós-moderno. Para pretender mudar alguma coisa, temos que não querer mudar nada exuberantemente. Nisso a natureza irracional está mais avançada, pois o diálogo ali está presente. Não há compreensão da verdade última do homem sem a abertura do nosso ser-para-o-outro.
“Gentes simples, fazendo coisas pequenas em lugares não importantes, consegue mudanças extraordinárias”, ditado africano. Na sociedade atual há uma verdadeira apologia às coisas exuberantes. Sem dúvida, estamos na sociedade do espetáculo, no qual o ser humano não é o protagonista, e sim, um pseudo ser humano criado a nossa imagem e semelhança.
Neste ambiente chamado sociedade, ou mundo existencial, ou mundo epocal subjetivista o OUTRO perdeu espaço para o EGO. Este não é mais conjugado com o TU; desta forma, enterramos de vez o NÓS. Daí nos perguntam: o que estamos fazendo com nós mesmos? Qual o mundo que estamos destruindo? Que mundo estamos criando? Quem somos nós realmente? Donde viemos? Para onde vamos? Parece-nos que as “ciências modernas” não estão respondendo estas questões, pois estas “ciências” giram em torno de si mesmas e esquecem da questão fundamental: quem, de fato, somos nós?
A nossa amiga Filosofia chega a nos acalmar um pouco nesta questão por nos oferecer uma resposta mais segura acerca do ser humano, pois este pode significar as coisas e encontrar as significações que nelas existem.
A proposta teológica, por mais que fundamenta suas respostas no “Dado Revelado” também encontra dificuldade para atingir o âmago da existência humana. De um lado, dificuldade de transmissão do “Dado Revelado”, do outro, dificuldade de recepção deste “Dado”. É muito complicado numa sociedade do espetáculo apresentar propostas sérias partindo de pressupostos que não pressupõem o espetáculo. Neste o ser humano não está, mas somente parte dele, mesmo sendo ele que o promove.
O difícil do espetáculo não é o espetáculo em si, nem a preparação para, mas o depois, o dia seguinte, donde o mundo ordinário entra em cena. Onde o extraordinário é sucumbido pelo ordinário factual. Sendo assim, somente: “gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares não importantes, consegue mudanças extraordinárias”.
Vejamos que o mundo circundante não existe separadamente do sujeito, pois este é também o mundo circundante; somente numa relação dialogal com este mundo, diria Gadamer, chegaremos o mais próximo possível da verdade. E a verdade que liberta somente pode ser alcançada fazendo coisas pequenas, longe do espetáculo pós-moderno. Para pretender mudar alguma coisa, temos que não querer mudar nada exuberantemente. Nisso a natureza irracional está mais avançada, pois o diálogo ali está presente. Não há compreensão da verdade última do homem sem a abertura do nosso ser-para-o-outro.
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