A vocação, mais do que tudo que possa ser teorizado, é o grande dom doado por Deus a todas as pessoas. Mas, na sua configuração essencial, a pessoa é vocacionada a uma vida de relação, consigo mesma, com outro, com Deus e com o cosmo.
Interessante a teoria astrofísica que afirma da relacionalidade biológica. Aplicá-la a noção de vocação não é de todo precipitado. Vejamos o que afirma o jesuíta William Stoeger: “Para que ocorra a evolução biológica, pressupõe-se toda a física e a química, bem como as capacidades auto-organizadoras que fluem desses aspectos fundamentais da natureza. Elas implicam, em cada nível, relações importantes que possibilitam que sistemas novos e mais complexos surjam a partir de sistemas mais fundamentais.”[1]
Da capacidade de organização que a vida cósmica possui conseguimos compreender o milagre da estruturação de todos os sistemas estabelecidos no planeta e no universo. No nível vocacional vemos acontecer algo semelhante, mas nada acontecendo de modo espontâneo. Se, para que ocorra a evolução biológica seja necessário a física e a química e sua auto-organização básica, no chamado divino está implicado o desejo humano da realização da vontade de Deus e do desprendimento de todas as possibilidades de negação do chamado em anseios totalmente (ou somente) particulares[2]. Esse é pressuposto fundamental da vocação divina[3] sem o qual não se maximiza a experiência de Deus como serviço a humanidade.
Portanto, se a pessoa é vocacionada a relação, podemos afirmar que o chamado de Deus não constitui propriedade particular, mas o é de Deus e assim, de todas as pessoas. Isso nos faz compreender que somos seres essencialmente criados para o serviço.
Interessante a teoria astrofísica que afirma da relacionalidade biológica. Aplicá-la a noção de vocação não é de todo precipitado. Vejamos o que afirma o jesuíta William Stoeger: “Para que ocorra a evolução biológica, pressupõe-se toda a física e a química, bem como as capacidades auto-organizadoras que fluem desses aspectos fundamentais da natureza. Elas implicam, em cada nível, relações importantes que possibilitam que sistemas novos e mais complexos surjam a partir de sistemas mais fundamentais.”[1]
Da capacidade de organização que a vida cósmica possui conseguimos compreender o milagre da estruturação de todos os sistemas estabelecidos no planeta e no universo. No nível vocacional vemos acontecer algo semelhante, mas nada acontecendo de modo espontâneo. Se, para que ocorra a evolução biológica seja necessário a física e a química e sua auto-organização básica, no chamado divino está implicado o desejo humano da realização da vontade de Deus e do desprendimento de todas as possibilidades de negação do chamado em anseios totalmente (ou somente) particulares[2]. Esse é pressuposto fundamental da vocação divina[3] sem o qual não se maximiza a experiência de Deus como serviço a humanidade.
Portanto, se a pessoa é vocacionada a relação, podemos afirmar que o chamado de Deus não constitui propriedade particular, mas o é de Deus e assim, de todas as pessoas. Isso nos faz compreender que somos seres essencialmente criados para o serviço.
MDT
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[1] http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=25290
[1] http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=25290
[2] Não se pode negar de modo algum que, na dimensão da vocação, existe o fator dos projetos pessoais imbricados. Se negássemos isso estaríamos desprovindo o próprio ser humano de seus anseios particulares. Mas quando falamos de vocação temos que colocar como pressuposto essencial que nossos projetos nem sempre correspondem com a realidade tendo que ser acrisolados na fôrma da experiência vivencial.
[3] Vocação divina é a mesma coisa que chamado de Deus considerando a resposta humana implicada na liberdade do chamado.
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